sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Retas Paralelas

Linhas que não se cruzam
Mundos que não se encontram
Entre feixes e contextos
De linhas obliquas
Num plano de ângulos desiguais

Paralelas incontidas
Traços de uma longa estrada
Que não se chega a lugar nenhum
Nem ao encontro dos adjacentes
Na folha rasgada de papel

Linhas como as rugas de meu rosto
Cansadas de procurar o infinito
Das margens rabiscadas com seu nome

Traço então um perpendicular
Mas são só dois pontos
Finitos divisíveis
Num angulo de 90°
Que a vida reservou
Para a somatória e os cálculos
Dos catetos de hipotenusas
Daquilo que ainda não acabou...