quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Meu Sonho Real


EU simple mortal
Eu, um simples alguém
Pensava que tudo na vida fosse banal
Pelas velhas janelas o som dos passarinhos
Soavam como barulho, desafinados,
A chuva caia em decadência dos passeios
O sol queimava em tortura da minha pele sensível
O dia era sem graça
As flores que desbotadas

Pelo vento frio do outono
Mostravam que eu era apenas um invisivel...

No desbotar de mais um esboço
Em mais um passarinho sem pouso
Na prata sem o ouro
No navio sem coração
No naufrágio dos não conhecidos tesouros
Da morte sem descanso
Do cansaço sem esforço
Apenas um traço
Sem linhas paralelas
A rima sem a melodia
A melodia de Jobim sem a regência dos anjos
E os riscos mal feitos da minha vida
Pela falta de cor na aquarela
Sem ele...
Como pude viver essa vida assim
Tantos anos sem ele perto de mim?
Como vivi na terra sem conseguir alcançar o céu
Com seu olhar...
Aquele tão doce e tão profundo
Que me faz ver as cores dos 4 cantos do mundo
Passaria a eternidade a ve-lo e a contempla-lo
Como uma criança a sonhar

Deixe que a vida nos leve
Agora que te encontrei
Nao vou mais te soltar
Apenas segure minha mão
E me toque
Me faz ver as estrelas
Revigore o ar do meu pulmão
E assim a cada dia
Vivermos o que já não é mais desconhecido
O Amor...

Ponteiros Quebrados



Percebo que o tempo já não passa
E enquanto conto os ponteiros do meu relógio já cansado
A dor se estaciona
Sem perceber que o tempo já passa
Enquanto esqueço de contar os ponteiros do seu relógio animado
A dor vai embora
E se prepara para mais uma jornada
No próximo dia que se inicia
Como o jornal que recebo a cada manhã
E talvez ele volte
Sem que eu olhe para o sol
E veja o jornal que relembra o exaustivo dia
A noite...
Triste e umida como meu rosto
Me lembram a cada sonho suas feições
E do que costumávamos ser
E poderíamos ainda ser sem idagações
Se não nos importássemos com a noite que nos leva embora
E no dia que apaga a vida
E assim gastando nosso tempo
Achando que faz sentido
Viver sem a vida que nos pertencia
Mas na verdade
Sem você comigo
Vivo uma mentira
A morte é minha amiga
Sem você, eu ando
Eu olho, velejo, corro, grito, choro
Mas sei...sim eu sei...
Que já morri...