sexta-feira, 24 de abril de 2009

Doce Inocência


Ah! minha doce inocência
Naquela que te conheci
Mal sabia de mim
Mal sabia de nós!
Eu naquela transição dificil
E você na sua mais sábia paciência
Como poderia ser?
Éramos duas crianças
Aprendendo a viver
E a descobrir o mundo
Você apareceu
E me mostrou
Que ele poderia ser bom
E foi...
A partir daí
Aprendi que a vida
Era um mar de sensações diferentes
Que me levou pela sua certeza
e sua segurança
Aquela nunca abalada por nenhuma tempestade
E nenhuma dúvida.
Dúvida que tinha eu na minha pouca idade
E pelas pedras do caminho
Mas no livro da minha vida
Você estará lá
Pintado, escrito e marcado
Como alguém que me amou
E eu não pude entender...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Seu Amor

Seu amor me engana
Me estranha
E me deixa pra trás
Seu amor mente
Me deixa descrente
Como nenhum mais
Seu amor some
Me consome
e me deixa em pedaços
Seu amor atrasa
Me arrasa
E me deixa de lado
Seu amor não liga
Me mastiga
e me põe em cacos
Seu amor me difama
Me leva pra cama
Depois diz não querer mais
Seu amor me esquece
Me enlouquece
Me faz perecer
Seu amor inventa
Me alimenta
e me põe a perder
Seu amor é sensível
Invisível
E tudo se zanga
Seu amor não confia
Não acredita
E sempre me acusa
Seu amor é essa lança
Essa anca
Que vai me sangrando
aos poucos
me pondo a sofrer...

Será?


Será que vale a pena lutar por amor?
Durante longos anos de minha vida
foi o que fiz
E o que me restou?
Uma cabeça cheia de sonhos
Um coração partido
E palavras que nunca serão ditas
Um engulo seco e dolorido
E a saudade que fica
Nesse vazio imenso
Uma dor que jamais poderá ser calculada
Muito menos traduzida
Até o ar que respiro tem seu cheiro
E as lágrimas que agora caem
Tem seu sabor doce
E ao mesmo tempo amarga da sua frieza
O que fizeste de nossas vidas?
Estamos caindo em um abismo sem fim
E cada metro sentido
É um pedaço que some
De um dilacerado coração
Não tente me dizer
Que esse é o ciclo da vida
Você trapaceou
Usou de traição
Aquele amor que te jurei
Que te entreguei
E você rasgou em pedaços
E se foi...
E eu como sempre fico aqui
Com suas lembranças
E o resto de nós dois...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Queria ter uma vida normal

Queria ter uma vida normal
Te ouvir cantando no chuveiro
Sentir aquele seu cheiro
Todas as manhãs
Ter seus braços, seus laços, seus nós
Te fazer aquela surpresa no sábado
Te dizer o quão bom é estar ao seu lado
E como me faz feliz
Queria poder ter sua palavra, seu carinho
Sua risada, e o seu amor
Sentir de perto tua sombra
Tua estrada, teu calor
Seria tão mais fácil ter uma vida normal
Andar de mãos dadas
Ficarmos em casa no Carnaval
Ter tempo de sobra
E em você ficar acorrentada
Mas minha alegria é simples`
É um sorriso seu na fotografia
Lembranças das palavras que me dizia
Seus abraços em sonho
A esperança de uma mensagem calorosa
E uma espera impiedosa
Mas meu contentamento é pouco
E nenhum de nós pode estar louco
Se a vida quis assim
Beijos de despedida
Lágrimas de partida
E meu amor sem fim
Até quando? Até onde?
Eu não posso ver
Enquanto isso
Vou buscando meus sorriso
Nos goles que me dá
E dessa maneira
Aprender a viver...

Amor de Meia Hora

Somos assim...
Dois amantes
Dois estranhos
Dois bicudos
Uma hora se ama
Na outra se estranha
Enquanto um sente saudade
O outro nem chama
Se um é duro
O outro consegue ser pior
E assim
Ninguém dá o braço a torcer
Não assumem que sem um
O outro não pode viver
E assim vão levando
Achando que a vida não vê
Que nesse amor de meia hora
Até doença pode trazer
Mas quando irão notar
Que um sem o outro
Não podem ficar?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Breve Momento...

Hoje me peguei pensando em você
Num piscar de olhos você se foi
Quase nem percebi
Ainda sinto o gosto amargo das lágrimas que rolam de novo
Lembro-me dos seus olhos
Pequenas esmeraldas
Cor sem igual
Diziam tanta coisa
Mas me passou como um vendaval
Noite quente, dia frio
E as palavras que não foram ditas
Quantas voltas a vida terá de dar
Para que nos encontremos de novo?
Quando iremos perceber
Que o tempo é curto demais para o amor
E quando aprenderemos a dar valor?

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Encontro


Por tanto tempo esperei
Na minha vida te encontrar
Lutei contra a bravura do mundo
Só pra sua voz no meu sorriso sussurrar
Foi numa noite clara de estrelas
Num momento sem igual
Sua mão tocou a minha desse dia em diante
Mais nada foi normal
Como poderia ser se vi seu olhar?
Pedaço do mar, clarão do luar
Ácida química
Que penetrou nas minhas veias
Corroeu minha estrutura
E assim se fez
Ainda que o mundo caia em contradição
Nada vai mudar
E não existe condição
Apenas diga-me pra te esperar
Que sem mim vida não há
Mas você insiste no não
E dessa vez eu preciso aceitar
Mesmo que for preciso me anular
Pra fazer você feliz
E aqui permanecer sem você saber
Que aos poucos mesmo não querendo
Eu preciso te esquecer
E assim nosso céu se apagar...

Silêncio

De repente o silêncio
Não o silêncio da voz
Mas o silêncio da alma
Um súbito instante de glória
Entre o ápice da saudade
E a plena satisfação
Algo entre o completo e o distante
Ou talvez diante do choro inconstante
Que as vezes esconde tanta solidão
É o silêncio então...
O silêncio que faz o mundo parar
Mas não o mundo dos mortais
E sim o próprio
Causado por alguns instantes
Implorados pelo mais profundo do ser
Um choro de um coração aflito
Que a gente não pode conter
E o que me resta agora?
Esperar amanhecer?
Não há mais tempo
O mundo não espera pela gente
Nem mesmo você esperou
Que tristeza é o Amor...